7 de jun. de 2009

TATUAGEM ,origens e significados no contexto social e cultural da humanidade.



Tatuagem, ao contrário do que muitos pensam não é coisa dos dias atuais. O ato de marcar o corpo é tão antigo quanto a humanidade. Marcas adquiridas em guerras, lutas corporais e caças geravam orgulho e reconhecimento ao homem que as possuísse, pois eram expressões naturais de força e vitória. Então o homem passou a marcar o corpo por vontade própria, fazendo ele mesmo seus ferimentos pelo corpo, que com o passar do tempo deu espaço para a criação de desenhos utilizando-se de tintas vegetais e espinhos para introduzi-las à pele.
Segundo dados históricos, diversos povos, de diversas culturas usavam pinturas definitivas por motivos espirituais, em rituais de várias espécies, para a guerra, para marcar os fatos da vida como o nascimento, puberdade, reprodução e morte entre outros.
Nos dias de hoje, inconscientemente ou conscientemente, resgatamos as origens da tatuagem.Numa pesquisa ,que realizei na praia do Flamengo em março de 2009,na cidade de Salvador perguntei aos banhistas os motivos pelo qual se tatuaram? Para muitas pessoas, desenhos estampados no corpo são uma forma de homenagear entes queridos. Segundo Milena 28 anos, que tatuou uma estrela em lembrança da irmã gêmea que faleceu há um ano. Letícia, 29 anos, tatuou no braço esquerdo o nome de seu filho recém nato. Já Lucas, 19 anos, acredita que a tatuagem significando paz em hebraico é algo que atrairá boas vibrações para sua vida.
Apesar de ser considerada um costume masculino, há 2.000 a.C era uma pratica feminina. Foram encontradas no Egito múmias de mulheres tatuadas como a de Amunet, sacerdotisa de Hathor, encontrada em 1922. Tatuagens em múmias do sexo feminino tinham função mágica de proteção contra doenças, rituais de fertilidade e finalidades estéticas, como pode ser observado atualmente homens e mulheres que se tatuam para se diferenciar e para se sentirem mais bonitos e atraentes, como Ana Carolina, 23, que tatuou um tribal no cóccix apenas por achar o lugar sensual e o desenho bonito.
Para muitos povos acreditavam que as tatuagens lhes davam poder e força e que os desenhos ficavam impressos na alma para que eles pudessem ser identificados após a morte por seus antepassados. Seus guerreiros recebiam as tatuagens depois de um ato de bravura. Os desenhos serviam para distrair o inimigo, além de representarem a conexão de todas as coisas sobre a terra. Esse pensamento segue nos dias atuais,Hidelbrando,43 anos, tatuou nas costas um dragão, pois considera uma figura forte que impõe respeito e lhe dar um ar de poder.
O mais importante é percebermos que, apesar do modismo, muitas pessoas ainda mantêm os costumes e tradições de outras civilizações mesmo sendo leigos sobre as origens dessa prática. Um simples desenho carrega muitos significados e reflete a personalidade de cada um, marca que permanecerá registrada na pele ao longo de sua vida.
CArla Lima(design de moda)

4 de jun. de 2009

A outra face da moda



O universo da moda é encarado por muitos como algo supérfluo,e a mídia ajuda a passar a idéia da hipervalorização do fútil e do transitório.Se seguirmos por essa via de raciocínio, falar a respeito de moda fica apenas no âmbito das apresentações finais dos designers, estilistas, modelos que cumina nas passarelas com seus grandes desfiles.Acredito que há uma outra maneira possível, que trata a moda como espelho da sociedade que a produz, uma abordagem sociológica e antropológica do fenômeno.
Como estudante de moda creio que as roupas tenham espíritos.Entendo moda como arte,tanto quanto a arquitetura ou a pintura(acho até que a moda guarda uma equivalência muito grande com estas).
A utilidade da moda está exatamente em compor o padrão estético de uma época,podemos mesmo agrupá-la a classificação de estilos que usamos para estudar a história da arte.
Vejamos bem,apenas os que não necessitam trabalhar podem usar roupas pesadas e incômodas, a roupa reflete a condição social de quem a veste. Neste sentido, a moda espelha a luta de classes, que movimenta a história da sociedade.Se pensarmos o Brasil da época do Império e na diferença que existe entre os trajes dos escravos que trabalham na lavoura e os escravos que residem na casa grande, veremos que a moda pode se dar ao luxo de operar diferenciações sutis: dentro da mesma categoria genérica escravos, ela pode matizar a melhor ou a pior condição social do sub-grupo que a está usando.
A diferença entre os trajes da senhora de classe média, a grande burguesa e a aristocrata não residirá tanto na forma adotada, mas na qualidade do tecido, nos detalhes do acabamento que foram usados...


Carla Lima
(design de moda)

3 de jun. de 2009

Pitacos na Moda(dicas)


A “moda” você faz!!!!
Diante das infinitas opções que o mercado oferece, investir em roupas e sapatos“certos” nem sempre é uma tarefa fácil. Levar o seu estilo pessoal em consideraçãoantes de comprar sapatos e roupas é uma forma de garantir a longa vida de suas peças. Acho que é deste conceito que saiu a frase: “a moda passa, o estilo permanece”.
Sabe quando cometemos uma loucura e compramos algo que não tem nada em comum comnosso estilo pessoal só porque era a última moda, estava bem exposto ou você se deixoulevar pela conversa do vendedor. Bem, a moda passa e você não tem mais coragem de usar “aquilo”. Quando você acerta, no entanto, ocorre o contrário. Seu novo par de sapatos lhe caitão bem que muitos meses depois da compra a sua satisfação em usá-lo parece sera mesma do momento em que você o “estreou”! Ainda mais pelo fato de que uma compra acertada é capaz de levantar o seu astral e melhorar a sua aparência! E quando você quer “estar bem na fita”, você sabe a qual “modelito” recorrer. O conceito funciona igualmente para roupas e sapatos. Aprenda a se perguntar qual o seu estilo e apostenele.
Ao fixar um estilo, você vai gravar uma imagem exclusiva na cabeça das pessoas. É assim que você diz ao universo “sou singular,única,especial”. A moda passa e o seu estilo permanece.

Criações by Carla Lima









































































































































































































































































































































































































































































































































































































Tecnomoda



Atender uma ligação na jaqueta. Checar e-mails nos óculos escuros. Controlar os níveis de colesterol e glicose pela cor da camisa. Ficção científica? Não. Ciência atual mesmo. Estes são apenas alguns poucos exemplos da aliança entre a moda e a tecnologia.
Esta parceria é muito antiga. Alguns dos primeiros artefatos produzidos pelo Homem serviam à moda, ou pelo menos ao seu embrião, na forma de confecção de roupas funcionais que protegessem nossos antepassados das intempéries.
A própria computação moderna tem suas origens nos avanços tecnológicos desenvolvidos para a indústria têxtil. O tear mecânico automático de Jacquard com seu sistema de cartões perfurados foi o primeiro passo para as primeiras máquinas de calcular, ainda mecânicas, das quais evoluíram as idéias das máquinas universais de cálculo, as bisavós do seu notebook.

Hoje, com a miniaturização, ou melhor, com a “nanificação” promovida pela nanotecnologia e sua escala quase atômica, promove-se um novo estreitamento entre moda e tecnologia, uma simbiose que nunca deixou de existir, mas que se aprofunda.
A moda sempre promoveu o desenvolvimento da tecnologia, instigando os cientistas a ultrapassar limites. Agora, a tecnologia promove a volta da roupa funcional - não mais casacos de pele que protegem do frio, mas roupas que levam embutidas nossas novas necessidades: comunicação, saúde, entretenimento, informação e educação.
Assim, a jaqueta que tem embutido um sistema de telefonia celular conecta seu usuário de forma mais orgânica e livre - e com estilo. É o que chamamos de wearable computing, algo como “computação de vestir”. Mas ela não se limita a roupas. Óculos com projetores holográficos tridimensionais permitem que durante uma caminhada (ou aquela reunião chata) você posa checar seus e-mails ou navegar pela web com simples movimentos da cabeça ou comandos vocais.
Para aqueles que precisam de atenção especial por uma doença, diabetes, por exemplo, podem utilizar uma camiseta que indica pela mudança da cor do tecido ou de uma estampa o nível de glicose no organismo, medido pelas microgotículas de suor. Se o evento pede algo mais clássico, a mulher pode utilizar um colar com uma pedra que tenha a mesma função. Tudo bem chique e discreto.
Na linha de entretenimento, há duas semanas comprei uma camiseta com uma estampa de um equalizador de som. Ao “ligarmos” a camiseta, os sons do ambiente são captados e representados no equalizador por luzes coloridas. Inútil, mas muito divertido!
Todos esses exemplos já existem hoje, e já há algum tempo. Quase todos comercialmente. As pesquisas sendo feitas nesse momento envolvem conceitos mais avançados, como a utilização de nano-tubos de carbono para a criação de micro tecidos ultra-resistentes (olha o exército contribuindo - mais uma vez - com a moda!), ou a utilização de materiais com memória, que não deformam (esses estão quase no mercado já), ou ainda tecidos com “nano-motores” que auto-ajustam a roupa moldando-se ao corpo de nadadores para diminuir a turbulência por atrito e assim melhorar seu desempenho em competições. O céu não é o limite. É apenas o começo.
Beijo-me-liga, te atendo na minha jaqueta...
P.S.: Já estão no forno mais duas discussões: A Moda na Tecnologia (sim, os geeks também têm estilo!) e A Moda de Tecnologia.


*Marcos R. Geromini é formado em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo, onde desenvolveu projetos aliando Design, Interação Usuário-Computador e Inteligência Artificial. Atualmente trabalha com Sistemas de Missão Crítica, Criptografia e Arquitetura de Sistemas em uma empresa do setor financeiro. Inspirou-se nos sambas-enredo do Carnaval para a criação do título do artigo.


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Planejar ,para criar!




Quando pensamos em produzir uma coleção,enquanto designers devemos ter um pensamento primeiro.O planejamento! confesso que esse tema me causava calafrios,só de pensar(risos).Gosto muito mais de desenhar ,criar.Entendo que o cliente quer é novidade e quefixar esse sistema de trabalho não é tão fácil de "fazer" como é de "falar", mas também não é impossível .
Primeiro precisamos entender a utilidade do planejamento e que sua elaboração e sucesso depende da atitude do projetista em relação ao mercado. Quais são suas metas? Sejam elas quais forem, necessitam ser conquistadas a longo prazo, para que o resultado seja sólido e perene. Não podemos trabalhar sem desenvolver um planejamento eficaz ,caso contrário,o fluxo produtivo poderá ser prejudicado.A maioria dos empresários se preocupam com a previsão de vendas ou com seus orçamentos, mas pergunto: e o planejamento e desenvolvimento do produto, aonde ficam? Ah ,que alegria que sinto de ter tido a oportunidade de conhecer o Briefing da professora Tais Pedrosa(risos).Sabe que pbservando com um pouco mais de atenção os profissionais no mercado em sua grande maioria têm certos preconceitos motivadas por coisas do tipo: escassez de tempo para atividades de planejamento, habilidade para a dinâmica comercial ou industrial e quase nenhuma para a planificação,e daí "Ciao" para o tal planejamento.
Para tentar corrigir esta situação podemos começar o planejamento fazendo anotações.
Sim, anotações sobre questionamentos diversos como: o que será feito, como será, para quem e com que recursos, pois o processo de planejar objetiva responder a todas essas indagações.
No planejamento de uma coleção, o produto se encontra no centro da empresa. Isso exige que conheçamos as condições atuais e determinantes, desde a sua concepção até sua distribuição. É a partir do produto que determinamos a previsão de vendas, do lucro, o dimensionamento dos recursos materiais, mão de obra, etc.
Para conceituar o produto é necessário pesquisar. Pesquisa é produção de conhecimento e o primeiro passo do planejamento de qualquer produto. José de Toledo, consultor de Marketing e planejamento estratégico, diz que "a pesquisa de mercado e de produto foi, é, e sempre será uma ferramenta indispensável, principalmente diante do que chamam a era do relacionamento.
Não bastam viagens internacionais ou assistir desfiles. O produto em questão, vestuário, sempre esteve diretamente ligado à criatura humana. É necessário então que os industriais estudem mais o ser humano atual, suas necessidades, angústias, alegrias. É com base nesses estudos que se desenvolve e planeja uma coleção.
A indústria da Moda tem tudo para crescer, mas precisa se profissionalizar mais e mais em todas as áreas. Os cursos de moda vem então, cumprir esse papel, o de profissionalizar o setor lançando todo ano pessoas capacitadas no mercado de trabalho. É preciso mudar a situação atual típica do setor, aonde o empresário acumula diversas funções inclusive a de "estilista".


Carla Lima

Design de moda

Um lembrete para os visitantes...




Lembre-se de que você mesmo é o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seus ideais, a mais clara demonstração de seus princípios, o mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros. Não se esqueça, igualmente, de que o maior inimigo de suas realizações mais nobres, a completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa, a nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar, o arquiteto de suas aflições e o destruidor de suas oportunidades de elevação - é você mesmo.

Quem é Carla Lima?










Nascida em Salvador/Ba,artesã qualificada no seguimento de bijouterias e acessórios de moda,estudante de Design de moda da Unijorge,busca em cada produto aprimorar a qualidade e o bom gosto em cada peça,valorizando a importância de oferecer produtos com design inédito e despojado,observando sempre a tendência atual da moda.Assim trazendo para seus clientes,peças exclusivas e produzidas em pequena escala,proporcionando a satisfação de ter para si,algo que poucos possuem.